Chefe do DOF deve assumir comando-geral da Polícia Militar de MS

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O atual comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), coronel Marcos Paulo Gimenez, deve assumir o comando-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, conforme apurado pelo Jornal Midiamax. O atual chefe da instituição, coronel Waldir Ribeiro Acosta, deixa o cargo e vai para reserva, espécie de aposentadoria dos servidores militares.

O coronel Marcos Paulo já foi comandante do Batalhão de Choque e, antes de assumir o comando do DOF, em abril de 2019, no lugar do coronel Kleber Haddad Lane, atuou como subcomandante da Academia da Polícia Militar.

O coronel Haddad foi preso, na sexta-feira (15), durante a Operação Avalanche. Ele e mais 6 oficiais da cúpula da PMMS são suspeitos de integrarem quadrilha de contrabando de cigarro do Paraguai por rodovias de Mato grosso do Sul, chamada de “máfia dos cigarreiros”. O ex-comandante do DOF acabou sendo dispensado nesta segunda-feira (18), no Diário Oficial do cargo que ocupava na Sejusp, com salário de R$ 8,5 mil.

A operação, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e é a terceira fase da Oiketicus, que teve sua primeira fase deflagrada em 2018 com prisão de mais 29 policiais militares sul-mato-grossenses.

Atual Comando da PM 

Atualmente o comando da Polícia Militar do Estado é do coronel PM Waldir Ribeiro Acosta, que está no cargo desse 2017. Antes de assumir o comando da PM em Mato Grosso do Sul, o coronel tinha sido comandante do Policiamento Metropolitano, comandante da PMR (Polícia Militar Rodoviária), comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar em Corumbá.

A troca do atual comando da Polícia Militar deve acontecer ainda nesta semana.

Terceira fase Oiketicus

A operação Avalanche é um desdobramento da Oiketicus e está em sua terceira fase, com cumprimentos de mandados em várias cidades do Estado. Em Dourados, a casa do comandante do 3º batalhão local da PM também foi alvo de cumprimento de mandado de busca e os agentes saíram do local com vários documentos. O comandante foi levado para o batalhão de polícia da cidade e contra ele havia um mandado e prisão.

A primeira fase da Operação Oiketikus foi desencadeada pelo Gaeco do Ministério Público Estadual e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar, em 2018 e levou a prisão cerca de 29 policiais que foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada “Máfia dos Cigarreiros”.

As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando, mediante pagamento sistemático de propina, interferindo em fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências voltas para o êxito do esquema criminoso. Os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas. As atividades eram desenvolvidas em dois grandes núcleos.

Prisões de militares

Foram presos nesta terceira fase da Oiketicus, sete oficiais da Polícia Militar do Estado que estavam envolvidos com o contrabando de cigarros, são eles: tenente-coronel Kleber Haddad Lane, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, tenente-coronel Wesley Freire de Araújo, do tenente-coronel Carlos da Silva, do major Luiz César de Souza Herculano, tenente-coronel Erivaldo José Duarte, e tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima.

Midiamax*

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