‘Recebi US$ 8 mil’ para matar o promotor paraguaio, diz suspeito venezuelano preso

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“Alugamos um jet ski, fomos à praia de Barú e executamos”: o ministro do Interior venezuelano, Remigio Ceballos, compartilhou um vídeo na quinta-feira em que um dos supostos pistoleiros que assassinaram o promotor antimáfia paraguaio Marcelo Pecci, aparece confessando sua participação no crime.

— Peguei 8.000 dólares e vim para a Venezuela — acrescentou o suspeito, Gabriel Carlos Luis Salinas Mendoza, venezuelano, preso em Caracas na tarde de terça-feira, segundo Ceballos. As autoridades colombianas anunciaram a captura na quarta-feira.

Houve “um pedido da Interpol, alerta azul”, que obriga as autoridades a informar outros países sobre a localização do indivíduo, disse Ceballos em comunicado à imprensa.

“Esta pessoa também está sendo procurada pelo” Ministério Público colombiano e “conseguimos verificar que este indivíduo pertence à estrutura criminosa internacional no caso deste promotor paraguaio”, morto na frente de sua esposa grávida em 10 de maio de 2022 na ilha de Barú, perto de Cartagena, prosseguiu o ministro.

Salinas é acusado de dirigir o jet ski em que viajava o atirador que matou o promotor de 45 anos, especializado em crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

Ceballos divulgou um vídeo no qual o suspeito, que já cumpriu pena na Venezuela por sequestro e homicídio, supostamente reconhece sua participação no crime.

— Enquanto estava em Medellín, em um evento de motos, conheci Francisco Correa, conhecido como ‘El Monín’, onde ele me disse que um assassino deveria ser executado, eu disse a ele que se houvesse dinheiro, ele disse que sim e me deu ordens para procurar mais duas pessoas — diz Salinas no vídeo.

— Em Cartagena, ‘Monín’ nos dá a arma com a qual íamos executar o assassino de aluguel — continua. — ‘El Guácala’ desce, executa o promotor, sobe na motocicleta e vamos, onde nos esperavam (…) para irmos a Medellín por terra — explicou.

— Peguei 8.000 dólares e vim para a Venezuela — conta o detento.

Ceballos destacou que Salinas será julgado na Venezuela, já que a lei “proíbe exaustivamente a extradição de venezuelanos”, conforme anunciou a polícia colombiana.

A investigação sobre o assassinato de Pecci ainda não encontrou os mandantes do crime. Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares para quem fornecer informações sobre os responsáveis.

Fonte: O Globo

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