Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,18 bi de valores a receber

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(Agencia Brasil)
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O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (7) que os brasileiros ainda não retiraram um montante de R$ 7,18 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o final de junho. Até o momento, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já restituiu R$ 4,43 bilhões, de um total de R$ 11,61 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são reveladas com uma defasagem de dois meses. Até o final de junho, 15.047.629 correntistas resgataram seus valores, representando apenas 27,37% do total de 54.975.627 correntistas incluídos na lista desde o início do programa em fevereiro do ano passado.

Dos beneficiários que já efetuaram saques, 14.475.821 são pessoas físicas e 571.808 são pessoas jurídicas. Entre aqueles que ainda não resgataram, 37.113.119 são pessoas físicas e 2.814.879 são pessoas jurídicas.

A maioria dos cidadãos e empresas que não realizaram o resgate têm direito a pequenas quantias. Valores de até R$ 10 correspondem a 63,07% dos beneficiários. Valores entre R$ 10,01 e R$ 100 abrangem 24,99% dos correntistas. Montantes entre R$ 100,01 e R$ 1.000 representam 10,18% dos clientes, enquanto somente 1,77% têm direito a valores superiores a R$ 1.000.

Após um período de quase um ano de inatividade, o SVR foi reaberto em março, trazendo consigo novas fontes de recursos, um sistema de agendamento reformulado e a opção de resgatar valores de pessoas falecidas. De acordo com o BC, o valor de resgates esquecidos foi de R$ 505 milhões em março, reduzindo para R$ 259 milhões em abril, R$ 232 milhões em maio e R$ 229 milhões em junho.

A nova fase do SVR apresenta importantes melhorias, incluindo a possibilidade de impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento via WhatsApp, bem como a abrangência de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Uma sala de espera virtual também foi implementada, permitindo que todos os usuários realizem consultas no mesmo dia, eliminando a necessidade de um cronograma baseado no ano de nascimento ou fundação da empresa.

Além desses aprimoramentos, foi introduzida a funcionalidade de consulta a valores de pessoas falecidas, com acesso concedido a herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. Similar às consultas para pessoas vivas, o sistema fornece informações sobre a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. A transparência foi ampliada também para contas conjuntas, permitindo que um dos titulares, ao solicitar o resgate de um valor esquecido, compartilhe as informações com o outro titular, como valor, data e CPF do solicitante.

Fontes adicionais de recursos foram incorporadas, englobando recursos esquecidos que não foram incluídos nos lotes do ano anterior. Essas adições compreendem contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, bem como outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

O Banco Central aconselha os correntistas a estarem atentos a golpes de estelionatários que alegam intermediar resgates de valores esquecidos. O BC destaca que todos os serviços do Valores a Receber são inteiramente gratuitos, não sendo enviados links nem realizados contatos para tratar de resgates ou confirmação de dados pessoais.

A instituição ressalta que somente a instituição financeira listada na consulta do Sistema de Valores a Receber está autorizada a contatar o cidadão. Além disso, solicita que nenhuma senha seja compartilhada e esclarece que nenhuma entidade está autorizada a fazer tal tipo de solicitação.

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