O prefeito Marcos Trad (PSD) afirmou, durante a manhã de hoje, que pretende estudar uma forma de evitar que os profissionais de saúde retornem para suas casas após os plantões em Campo Grande.
Ainda não há detalhes de como os profissionais serão abrigados, mas os estudos incluem acomodações dentro das unidades de saúde ou em hotéis da cidade. A medida, segundo o prefeito, tem o propósito de diminuir a transmissão do Coronavírus (Covid-19) entre os familiares que residem na mesma casa que os profissionais de saúde.
No entanto, as moradias alternativas só serão implementadas se a contaminação chegar a níveis alarmantes.
O superintendente do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Cláudio César da Silva, também confirmou ter a mesma preocupação do prefeito Marcos Trad. De acordo com o superintendente, com o possível aumento no número de casos de Coronavírus em Campo Grande, os profissionais de saúde não poderão retornar para suas casas. Silva explica que ainda estão sendo realizados estudos para decidir a melhor forma de atuação em relação as moradias.
Toque de recolher
O prefeito também declarou hoje que o toque de recolher pode ser o próximo passo para evitar que as pessoas saiam de casa. Segundo Marcos Trad, durante visita em bairros da Capital, flagrou aglomerações de pessoas em bares da cidade. “Não está descartado o toque de recolher, a gente vai esperar três dias, se continuar essa situação de pessoas enchendo o bar, vai ser a única opção”, alertou o prefeito.
De acordo com Marcos Trad, caso a população não respeite o decreto que proíbe aglomerações, ele vai aplicar a mesma ação dos países europeus, em que a saída de casa só será permitida para ir aos mercados e farmácias. “Os bares e restaurantes só estão abertos porque é essencial, vendem comida”, justificou o prefeito.
Até a noite desta sexta-feira, Mato Grosso do Sul tinha 12 casos da doença confirmados, 11 deles em Campo Grande.
Correio do Estado