BRASÍLIA — Em teleconferência com prefeitos de capitais do país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse, neste domingo, que vai antecipar a formatura de estudantes de medicina no país para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A mesma medida já foi tomada na Itália, onde há a maior crise do mundo, com recorde de mortos pelo vírus.
Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Mandetta comandou uma conversa com os prefeitos e tirou dúvidas sobre políticas públicas. Ele disse que estudantes do último ano de curso podem ser fundamentais no enfrentamento à epidemia.
— Nós vamos antecipar os meninos do sexto ano que falta um mês para se formar. Vamos acelerar. Esses meninos são jovens. Eles não têm experiência, mas eles podem fazer uma parte do atendimento. Eles tem 7.300 horas de capacitação. Faça uma imersão para eles. Não para o CTI, não para pilotar um aparelho multiparamétrico, mas ele pode muito bem ajudar — disse.
Procurado, o Ministério da Educação (MEC) informou que está realizando estudos e análises sobre a medida. Entretanto, a pasta ainda não dispõe de um levantamento sobre quantos alunos e universidades seriam seriam afetados pela diretriz. Essa e outras ações devem ser anunciadas pelo MEC na segunda ou terça-feira, após reunião do comitê de crise criado para combater o vírus.
Durante a conversa, o ministro da Saúde disse que o país terá uma política pública integrada para enfrentar a crise. Ele falou sobre a dificuldade de comprar equipamentos de segurança, como máscaras, e a estratégia de combate ao coronavírus.
O Globo