Parecia uma moda passageira, mas os golpes que clonam o WhatsApp de usuários desavisados para roubar dinheiro se tornaram uma epidemia. Os primeiros casos foram registrados ainda no ano passado, usando informações de OLX e Mercado Livre para pegar vítimas, mas uma nova onda está ocorrendo no Brasil, mais ampla, trabalhada e perigosa.
Segundo mostram dados do Google Trends, as pesquisas sobre o assunto tiveram uma alta exponencial nas últimas semanas, principalmente em estados das regiões sul e sudeste. E qual a artimanha utilizada pelos criminosos digitais para roubar quantias de dinheiro rapidamente? Tirar proveito da inocência de usuários desavisados.
Desconfie do “almoço grátis”
Assim como o phishing, o novo golpe que está afetando usuários do Whatsapp tem como cerne a engenharia social: os cibercriminosos não se aproveitam de brechas de segurança, mas da inocência e descuido das pessoas, segundo explica Thiago Marques, analista da Kaspersky Lab. O criminoso basicamente dá um jeito de roubar a conta do usuário no aplicativo, consegue a lista de contatos com mensagens e, personificando o dono do perfil, começa a fazer pedidos de empréstimos ou ajuda para realizar pagamentos urgentes.
A interceptação começa com o criminoso entrando em contato a vítima para conseguir o código de SMS para autenticação da conta em outro celular. Após conseguir o número de telefone do usuário em sites públicos (como OLX, Mercado Livre e páginas de contato) ou até mesmo em bancos de dados de vazamentos, os golpistas tendem a fazer uma abordagem personalizada para passar veracidade.