Ex-deputado José Mentor (PT) morre vítima da covid-19 em São Paulo

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Morreu na madrugada de hoje, em São Paulo, o ex-deputado federal José Mentor (PT), aos 71 anos de idade. Ele estava internado no Hospital 9 de Julho, na capital, após ter contraído o novo coronavírus. O PT de São Paulo e a família confirmaram a informação. Pela manhã, o irmão do deputado, Antonio Mentor, postou uma mensagem sobre o falecimento no Facebook.

“Com muita tristeza e dor comunicamos que, depois de uma longa luta contra a covid-19, o meu irmão José Mentor nos deixou. Agradecemos a todos que prestaram a sua solidariedade a ele e a nossa família neste momento difícil.” Por conta da infecção, não será realizado velório. O funeral ocorrerá às 15h de hoje, no cemitério de Congonhas, com a presença somente da família. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) também fez um post no Twitter.

O ex-deputado estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) há 12 dias. Um dos fundadores do PT, José Mentor, que também era advogado, foi deputado federal por quatro legislaturas, entre 2003 e 2019. Nas últimas eleições, em 2018, recebeu 55.022 votos e não conseguiu a reeleição. Também foi vereador em São Paulo por três vezes e deputado estadual. A liderança do partido na Câmara dos Deputados divulgou pelo Twitter uma nota lamentando a morte de Mentor.

No Congresso Nacional, Mentor foi relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banestado (Banco do Estado do Paraná), iniciada em 2003, com base em investigações da PF (Polícia Federal). O objetivo era apurar responsabilidade sobre evasão de divisas, de um montante de US$ 30 bilhões (R$ 161 bilhões na cotação atual), movimentados entre 1996 e 1997. Segundo as investigações, o principal destino do dinheiro no exterior era uma agência do Banestado em Nova York (EUA). Em um ano e meio, foram indiciadas 91 pessoas por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa. O nome do ex-deputado foi citado em dois escândalos de corrupção: : o Mensalão, em 2005, e o Petrolão, em 2014. Ele foi denunciado pelo então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal), em inquérito da Lava Jato, em 2017, por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, o ministro Celso de Mello, do STF, arquivou a denúncia.

Fonte: UOL

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