Execução de jornalista faz 1 ano e matadores seguem impunes

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Hoje completa um ano da execução do jornalista brasileiro Lourenço Veras, o Leo. O crime ocorreu por volta de 19h de 12 de fevereiro de 2020, no Jardim Aurora, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Amigo de todos, respeitado no jornalismo policial e sempre pronto para colaborar no que for preciso com colegas de outras cidades e de outros estados, Leo Veras, morto aos 52 anos de idade, foi mais uma das centenas de vítimas da violência que impera na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul.

“Do que precisa, maninho?”, perguntava ele, em mensagem de texto ou áudio enviado pelo WhatsApp sempre que era chamado para ajudar a apurar as ocorrências diárias da fronteira que tanto rendem visualizações e comentários na internet.

Leo Veras estava em casa com a família na noite daquela quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020, poucos dias antes de o mundo ser sacudido pela pandemia do novo coronavírus.

Covardia – Ele jantava com a esposa, a estudante de medicina Cinthia González, o sogro e os dois filhos do casal quando os matadores chegaram e foram entrando. Quando percebeu que era o alvo dos pistoleiros, Leo correu para o fundo do quintal e os tiros começaram.

Minutos depois, o corpo do jornalista foi encontrado no quintal, com um pano no rosto. Ele foi morto com pelo menos 15 tiros de pistola 9 milímetros. O pano sobre a boca teria sido um recado do submundo do crime, indicando que Leo teria falado demais.

Mera especulação.

A verdade é que um ano depois, tirando os pistoleiros e os mandantes, ninguém sabe absolutamente nada sobre a execução de Leo Veras. E se existe alguém que sabe, essa pessoa vai levar o segredo para o túmulo. E o motivo é óbvio: medo de parar no túmulo antes da hora, talvez pelas mãos dos mesmos algozes.

Nesta semana, o Campo Grande News conversou com policiais e jornalistas da fronteira atrás de informações sobre o desfecho das investigações. Ninguém sabe de nada. O medo impera entre todos.

  • CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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