Carrapatos e pulgas trazem doenças para pets e tutores e eles estão por perto

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A Doença de Lyme em cães é transmitida pelos carrapatos (shutterstock)

O calor e a umidade aumentam consideravelmente a possibilidade de infestação de pulgas e carrapatos nos animais de estimação. Esses parasitas, além de causar muito desconforto, podem transmitir doenças graves, inclusive para humanos. Por isso, adotar ações preventivas, como cuidados com o ambiente onde o animal vive e a utilização de produtos específicos são fundamentais para proteger a saúde dos animais e com quem eles convivem.

“A melhor forma de atuar é sempre a prevenção. É preciso conscientizar os tutores para o uso periódico de produtos que combatam os parasitas”, orienta Cristiano Anjo, gerente de Marketing de Pet da Elanco.

O desconforto mais comum causado pelos parasitas é a coceira, mas é preciso ter em mente que este é apenas um dos males. Carrapatos são responsáveis pela transmissão de hemoparasitoses, que são doenças em que o parasita infecta células do sangue. Entre elas, é importante mencionar a erlichiose, babesiose, anaplasmose e rangeliose, transmitidas pela picada do carrapato Rhipicephalus sanguineus. Conhecidas como ”doença do carrapato”, são graves, silenciosas, se manifestam de diversas formas e podem levar o animal ao óbito.

Outro risco para pets e humanos é a febre maculosa, uma infecção causada pela Rickettsia rickettsii, que é transmitida pelo “carrapato estrela” por meio de sua picada. A transmissão da doença para as pessoas acontece quando o carrapato infectado pica o humano, inoculando a bactéria por meio da saliva do parasita, diretamente para a corrente sanguínea.

Somente a coleira antipulgas é incapaz de conter a infestação em um ambiente.
Reprodução/ ShutterstockSomente a coleira antipulgas é incapaz de conter a infestação em um ambiente.

Segundo Cristiano, a maior parte dos tutores aplica produtos em seus animais somente após a visualização dos parasitas. O conceito de prevenção ainda não está consolidado no Brasil. “Por isso consideramos fundamental disseminar informações sobre os hábitos dos parasitas e destacar que as doenças transmitidas pelo carrapato vêm crescendo no país devido às condições ambientais favoráveis e também à adaptação dos carrapatos ao meio urbano”, afirma.

Outro ponto de atenção é o ambiente onde o animal vive. “Para se ter uma ideia, em infestações por pulgas e carrapatos, cerca de 95% dos parasitas estão no ambiente e somente 5% no corpo do animal”, destaca o executivo.

Existem produtos que auxiliam na proteção dos animais, como comprimidos mastigáveis, que podem ser consumidos por animais a partir dos oito meses de idade. Esse medicamento tem 100% de aceitação em 70 diferentes raças de cães, incluindo as raças “Toy”, como Chihuahua e Yorkshire Terrier.

O carrapato-estrela é o transmissor da febre maculosa

Tutores que criam seus cachorros no quintal, mesmo que façam a limpeza do ambiente de forma correta, corre o risco. É importante saber se o vizinho, caso tenha algum animal em áreas ou no quintal, também se preocupa em fazer a devida limpeza e conservação do ambiente, pois os carrapatos se movimentam de um lugar para o outro, levando consigo toda a carga nociva.

Ao passear com o pet, principalmente se tiver acesso a gramados em que outros animais frequentam, existe o perigo. Além disso, esses parasitas também podem chegar até as casas ao ficarem presos aos sapatos e roupas do próprio tutor.

Outro cuidado que se deve ter é para quem possui casinhas de cachorro feitas de madeira, ou mesmo casa com piso de taco. As casinhas feitas de madeira são perfeitas para os carrapatos, que costumam se alojar neste ambiente. Já casas com piso de madeira, ou o famoso “chão de taco”, também são ambientes de risco para os animais de estimação. Os carrapatos costumam se esconder nas frestas desse tipo de piso.

Por isso, o ideal é sempre ter casinha de plástico para os pets e mante-los em locais cobertos por piso frio, são mais seguros e fáceis de higienizar.

IG*

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