Marcos Paulo Pereira Valdez, de 29 anos, foi morto com cerca de 13 tiros na madrugada deste domingo (10) no momento em que saía de uma boate na Avenida Três Barras, em Campo Grande.
Outro homem, de 30 anos, que estava com a vítima, também foi atingido pelos tiros, e uma mulher, de 19 anos, teve uma fratura no cotovelo. Os dois foram socorridos para a Santa Casa.
Segundo consta em boletim de ocorrência, Marcos estava com um grupo de amigos em um evento de pagode, que fica na Avenida Três Barras. A esposa dele foi ouvida pelos policiais e contou que os amigos decidiram ir embora por volta de 1h, quando se dirigiram ao veículo Toyota Hilux, que estava no estacionamento ao lado do evento.
Os pistoleiros já estavam perto do carro quando desembarcaram de um Honda Civic, cor clara, que estava ao lado da caminhonete. Na sequência, o trio passou a atirar contra as vítimas e fugiu.
Os feridos foram socorridos pelos bombeiros e levados à Santa Casa.
A polícia foi até a Santa Casa e o rapaz ferido com um tiro no tórax estava consciente e orientado passando por exames na ala vermelha. Ele contou que acredita ter sido atingido por engano, pois não tem inimigos, nem histórico de ameaças.
A Perícia constatou que pelo menos 13 tiros de calibres 9mm e .380 atingiram a vítima. O Batalhão de Choque, da Polícia Militar, foi acionado.
Morto com 13 tiros seria pistoleiro de aluguel.
Marcos Paulo Pereira Valdez, 29 anos, era considerado um dos “cabeças” do grupo de pistoleiros da fronteira e membro da maior facção criminosa do Brasil, conhecido por chefiar uma espécie de grupo de pistoleiros e matadores de aluguel no Paraguai. Além disso, o irmão de Marcos, Márcio Pereira Valdez, 31, também foi assassinado em emboscada no ano passado.
Em maio do ano passado, Marcos Paulo também foi apontado como um dos homens que abriu fogo contra uma tabacaria na Rua Euclides da Cunha, na Capital. Ele estava acompanhado de João Pedro de Souza Martins, 27, e Celso Patrick Gabilão Marques, 25, quando discutiram com um militar do Exército, de 22 anos. Na data, chegaram a afirmar que pertenciam ao “Comando de Ponta Porã”. Depois de abrirem fogo contra o estabelecimento, fugiram em um Chevrolet Cruze blindado.
Além de ser apontado como um dos cabeças do grupo de pistoleiros na fronteira, Marcos Paulo fez parte da fuga em massa do Presídio de Pedro Juan Caballero em janeiro de 2020. Na ocasião, 75 presos fugiram da penitenciária em um plano que teria custado R$ 6 milhões a facção criminosa.
O objetivo da fuga era resgatar seus principais líderes regionais que estavam no presídio e fortalecer o efetivo para fazer frente à guerra travada há anos com os rivais da facção carioca.