Publicidade
Início Destaque Compra de viagra para as Forças Armadas foi superfaturada, constata área técnica...

Compra de viagra para as Forças Armadas foi superfaturada, constata área técnica do TCU

Publicidade

Lembra da grande polêmica envolvendo a compra de milhares de comprimidos de viagra, o remédio comumente usado para tratar disfunção erétil, as Forças Armadas? Pois a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou, hoje, parecer indicando a ocorrência de superfaturamento em um ordem de compra feita em 2021.

O relatório dos técnicos orienta que o Tribunal determine prazo de 90 dias para que o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, “adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e outras ao seu alcance, sem prejuízo de requerer ao órgão jurídico da estatal que adote as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, com vistas à obtenção do ressarcimento do débito apurado, em valores devidamente atualizados”.

O parecer justifica as recomendações com base na compra de 15.120 comprimidos de sildenafila 25mg pelo valor unitário de R$ 3,65, enquanto o valor médio no Painel de Preços do governo federal para o período é de R$ 1,81.

Outro detalhe que aumenta o indício de superfaturamento é que o Hospital Central do Exército registrou o preço de R$ 1,50 na aquisição do mesmo item. A data da compra para atender a Marinha é 7 de abril de 2021. Já a data da compra que atendeu o Exército é 14 de abril de 2021.

Os técnicos do TCU reforçam as informações passadas na representação feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) sobre superfaturamento na compra do medicamento.

“A equipe técnica constatou o superfaturamento e pediu o ressarcimento aos cofres públicos desse dinheiro gasto indevidamente. Nos hospitais públicos, falta até dipirona. E para as Forças Armadas o governo Bolsonaro libera compra superfaturada de Viagra”, ressalta o deputado Elias Vaz. O relatório precisa da aprovação do relator do caso no TCU, ministro Weder de Oliveira.

Aliás…

O deputado também denunciou ao TCU outra compra milionária de Viagra com indícios de superfaturamento de até 550%. O parlamentar identificou contrato firmado entre o comando da Marinha e o laboratório EMS S/A para fornecimento de mais de 11 milhões de comprimidos de citrato de sildenafila de 20, 25 e 50 miligramas, de 2019 a 2022.

Uma varredura no Portal da Transparência e no Painel de Preços revelou que, nos empenhos autorizados pelo governo federal, cada comprimido custa entre R$2,91 e R$3,14. O prejuízo pode passar de R$ 28 milhões. O relator também é o ministro Weder de Oliveira e o processo aguarda parecer da equipe técnica.

À época da divulgação da volumosa compra do medicamento, as Forças Armadas reforçaram que seu uso também tem finalidade de combater a hipertensão arterial pulmonar (HAP), algo previsto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Globo.com

Publicidade

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Exit mobile version