Após tiros e uma perseguição por diversas ruas de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, agentes do Departamento de Investigações da Polícia Nacional prenderam, na tarde deste domingo (14), Maykon de Souza, de 39 anos. A ação ocorreu na região do Jardim Aurora, área próxima à Linha Internacional com Ponta Porã (MS).
Maykon é foragido da Justiça brasileira e apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando Catarinense, considerada uma dissidência do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo as autoridades, ele estava escondido em Pedro Juan Caballero, de onde coordenava parte das atividades do crime organizado no sul do Brasil.
Conhecido pelos apelidos de Maykon Gordo ou Marcolinha, o suspeito também utilizava o nome Maykon Dutra Dias, o que levantou dúvidas sobre sua real identidade. Por esse motivo, ele está passando por exames de papiloscopia, cujos resultados serão encaminhados à Polícia Federal em Ponta Porã para confirmação oficial dos dados.
De acordo com a Polícia Nacional, Maykon foi abordado enquanto dirigia uma caminhonete. Ao perceber a aproximação dos agentes, ele acelerou o veículo, dando início a uma perseguição. Durante a fuga, diversos tiros foram disparados. O foragido acabou sendo interceptado e preso poucos quilômetros depois.
Após a prisão, o brasileiro foi encaminhado sob custódia das autoridades paraguaias. A expectativa é que, nas próximas horas, ele seja entregue às autoridades brasileiras na Linha Internacional.
As diligências seguem em andamento para identificar e prender integrantes da rede de apoio que teria dado proteção ao suspeito em território paraguaio.
A região de fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero é considerada estratégica para organizações criminosas devido à circulação intensa de pessoas e veículos. Facções brasileiras frequentemente utilizam o lado paraguaio como rota de fuga ou base de apoio logístico.
Prisões desse tipo reforçam a cooperação entre forças de segurança do Brasil e do Paraguai e impactam diretamente a segurança local e regional.
Maykon de Souza permanece sob custódia e deve ser entregue à Polícia Federal brasileira para o cumprimento dos mandados de prisão em aberto. As investigações continuam para localizar possíveis comparsas e aprofundar a apuração sobre a atuação do grupo criminoso na faixa de fronteira.