Fragmentação política e número elevado de candidatos locais dificultam a eleição de nomes da cidade para a Assembleia e a Câmara Federal

Com a aproximação das eleições de 2026, cresce a preocupação entre moradores e lideranças de Ponta Porã (MS) quanto à representatividade política da cidade. Assim como em pleitos anteriores, o município deve lançar diversos candidatos “caseiros” tanto para deputado estadual quanto federal, o que deve dividir os votos e reduzir significativamente as chances de vitória local.

De acordo com as movimentações políticas recentes, já são mais de 10 nomes cogitados para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa e outros 10 interessados em concorrer à Câmara dos Deputados. A pulverização dos votos entre tantos candidatos tende a enfraquecer o potencial eleitoral de Ponta Porã, que há anos sofre com a falta de um representante direto em Brasília e Campo Grande.

Parte do eleitorado local também contribui para o cenário, optando por votar em candidatos de outras regiões, geralmente apoiados por grandes coligações ou com maior visibilidade estadual. Enquanto isso, a falta de união entre as lideranças políticas locais reforça o ciclo de desvantagem eleitoral.

“Em vez de se unirem em prol da população, muitos candidatos pensam apenas em seus próprios interesses”, comenta um morador ouvido pela reportagem.

O último político de Ponta Porã eleito deputado estadual foi Flávio Kayatt, o que reforça o desafio enfrentado pelo município em conquistar novamente representatividade política.

Especialistas locais avaliam que, para 2026, a cidade teria chances reais de eleger pelo menos um deputado estadual, desde que houvesse união em torno de um nome forte e bem estruturado. No entanto, se o cenário atual persistir, Ponta Porã corre o risco de repetir o resultado de eleições anteriores — ficar sem voz própria no Legislativo.

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