umento do desemprego e redução do time de colaboradores é a principal preocupação dos comerciantes.
O município de Ponta Porã na fronteira com o Paraguai, já sente os impactos econômicos causados pelo novo decreto estadual n° 15.632/21, instaurado pelo Governador do estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). A medida que entrou em vigor na semana passada, estabelece o toque de recolher das 20h às 5 da manhã, causando danos irreversíveis ao comércio noturno.
Estabelecimentos tradicionais da cidade tiveram que reduzir o quadro de colaboradores, causando desemprego em massa na região. Viralizou nas redes sociais um vídeo do desabafo de um comerciante do ramo do entretenimento, onde o mesmo afirma que demitiu todos os funcionários, colocando a família para tomar conta do local.
Segundo ele “este decreto fere o princípio de isonomia, os comerciantes noturnos possuem o mesmo direito dos diurnos, essa flexibilização de horário não funciona e gera mais aglomeração, o problema do vírus não é o comércio e sim as aglomerações”, disse.
Já o proprietário de um restaurante de comida oriental, com lágrimas nos olhos relata que “Não vou ter outra alternativa há não ser reduzir o meu quadro de colaboradores”.
ISENÇÃO DE IMPOSTOS:
A câmara dos vereadores de Ponta Porã de forma unânime se manifestou contra o decreto estadual, por iniciativa da Vereadora Lourdes Monteiro (DEM), na última sessão ordinária um ofício foi encaminhado ao Prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo Filho (PSDB), pedindo a isenção do IPTU, ISS e taxa de alvará aos comerciantes prejudicados pelo decreto, cabendo à decisão a Prefeitura Municipal.
ESTRATÉGIA:
Para cobrir os gastos da folha de pagamento, alguns estabelecimentos do ramo alimentício apostam no almoço e no delivery. Com o horário reduzido, abrem a partir das 11h da manhã com pratos de comida caseira.Não sendo o suficiente para cobrir a demanda de antes. Zeraram a taxa de delivery e realizam promoções, pedindo o apoio da população local.
Por: Wagner Júnior