Diagnóstica com paralisia de Bell, Jéssica Luana Albuquerque Camargo, moradora em Mato Grosso do Sul, conseguiu na Justiça o direito de cultivar em casa a planta cannabis, popularmente conhecida como maconha, para a produção do seu próprio remédio. Em decisão unânime, dois desembargadores e uma juíza da 5° turma do Tribunal Regional Federal da 3° Região, concederam uma liminar que permite a plantação para uso medicinal.
Jéssica lutou por anos contra a paralisia facial e a depressão, decorrente dos danos estéticos e da dificuldade de funções diárias como mastigação e sono. Ao se medicar com o óleo extraído da planta, obteve resultados positivos no tratamento.
“Com muita alegria que hoje podemos dar um grito de liberdade, valorizando toda a trajetória que me trouxe até aqui. Essa decisão não significa somente que vou poder me tratar com o meu próprio remédio produzido no quintal da minha casa, significa que de alguma forma estamos conseguindo mostrar para a população que a maconha não é droga, ela cura, salva vidas e hoje está sendo devidamente reconhecida pelo seu valor”, relata Jéssica.
Após o diagnóstico da doença, Jéssica se especializou no assunto, fundando em seguida a associação Divina Flor, entidade que atende quase mil pessoas de todas as idades que necessitam de auxílio e acesso ao tratamento com a cannabis medicinal.
G1