5 vegetais que você sempre pensou que eram frutas

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No mundo dos vegetais, muitas vezes nem tudo é o que parece. Sabemos, por exemplo, que o tomate que comemos na salada não é um legume, mas uma fruta.

E o contrário também ocorre: muitas frutas que comemos no dia a dia, tecnicamente, não são consideradas frutos.

A melancia é um exemplo. Segundo a Embrapa, a fruta suculenta e doce, na verdade, é uma hortaliça – vegetais comestíveis produzidos em hortas. De nome científico Citrullus lanatus, o vegetal pertence à família das cucurbitáceas – prima próxima do pepino e do melão.

Essa confusão deriva da diferença entre os termos fruta e fruto, que explicaremos a seguir.

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Qual a diferença entre fruta e fruto?

O termo “fruta” não é adotado cientificamente. Na verdade, é uma palavra popular para designar qualquer vegetal suculento, doce e comestível. Na botânica, a classificação correta é “fruto”.

Na biologia, fruto é definido como uma estrutura formada exclusivamente pelo desenvolvimento do ovário de uma flor após a fecundação.

Essa estrutura, chamada de pericarpo, geralmente é a polpa das frutas comestíveis, que envolve as sementes. Portanto, exemplos de frutos são o tomate, o pêssego e a ameixa.

Em contrapartida, existem os pseudofrutos, ou frutos acessórios. Nestes casos, eles não se originam a partir somente do ovário, mas também de outras partes da planta.

Daí que eles servem como um acessório ao verdadeiro fruto, seja envolvendo-o ou sustentando o fruto. Outra característica dos pseudofrutos é que, ao contrário dos frutos verdadeiros, eles não se abrem naturalmente para liberar as sementes quando amadurecem.

Conheça a seguir alguns exemplos e tipos de pseudofrutos e seus frutos verdadeiros.

Melancia

 — Foto: Canva/Creative Commoms

— Foto: Canva/Creative Commoms

Além de ser considerada uma hortaliça, a melancia também entra na categoria de “pseudobaga”, um tipo de pseudofruto.

Embora armazene as sementes dentro da polpa, ela se forma abaixo do receptáculo floral da planta – ao contrário das bagas verdadeiras, que são consideradas frutos e se formam acima do receptáculo da flor.

Morango

 — Foto: Francisco Lima/Embrapa

— Foto: Francisco Lima/Embrapa

A polpa do morango que adoramos comer ou utilizar em sobremesas na verdade é um pseudofruto formado não a partir do ovário, mas do receptáculo floral. Neste caso, os verdadeiros frutos do morango são aqueles pequenos pontinhos pretos que envolvem a semente.

Semelhante ao morango, o abacaxi também é um pseudofruto formado da mesma maneira, com os variados frutos presentes na casca.

Maçã

 — Foto: Globo Rural

— Foto: Globo Rural

A maçã, assim como a pera, são pseudofrutos do tipo “pomo”. A polpa comestível na verdade envolve o verdadeiro fruto, que é aquela parte inferior, mais dura, onde estão presentes a sementes.

Essa polpa não é formada pelo ovário, mas pelo hipanto, que é uma estrutura resultante da fusão das sépalas, pétalas e estames da flor.

Figo

 — Foto: Globo Rural

— Foto: Globo Rural

Os figos que comemos não são frutos, mas uma inflorescência – uma casca oca que envolve as flores da planta, e que por acaso é suculenta e doce. Quando essas flores são fertilizadas, dando origem a frutos com sementes, o figo então é classificado como uma infrutescência.

Caju

 — Foto: Globo Rural

— Foto: Globo Rural

O verdadeiro fruto do caju não é aquela parte amarela, carnosa e doce. Na verdade, é o caroço de casca dura que fica na ponta, cuja semente é a castanha. É formado a partir do pedicelo – uma estrutura originada do caule da planta responsável por levar a seiva às flores.

Fonte: Globorural

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