José Carlos foi preso em 2007 e condenado a 34 anos de prisão pelo estupro de 10 mulheres. Sequência de abusos foram flagrados por câmeras de segurança. Duas adolescentes estão entre as vítimas mais recentes
Na nova sequência de ataques, José Carlos de Santana Junior, conhecido como “Maníaco do Parque de MS”, abusou de pelo menos cinco mulheres, de acordo com as investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), em Campo Grande. Entre as vítimas estão duas adolescentes, de 14 e 17 anos.
José voltou a ser preso dois anos após ganhar liberdade. O “Maníaco do Parque” foi preso na tarde dessa segunda-feira (2), durante a Operação Incubus, deflagrada pela Deam. Câmeras de segurança registraram o ataque. Veja o vídeo mais acima.
José ficou em silêncio durante o depoimento à polícia nesta terça-feira (3). Porém, ao ver os vídeos dos abusos, o suspeito confirmou que era ele nas imagens.
No começo da manhã desta terça, a Polícia Civil trabalhava com a informação de quatro vítimas mais recentes. Entretanto, ao longo da tarde, a 5ª vítima, uma adolescente de 14 anos, procurou a delegacia para prestar queixa sobre a importunação sexual sofrida.
“Essa adolescente foi importunada durante uma corrida por aplicativo. A menina estava no carro, quando o suspeito a importunou, ela abriu a porta do veículo e fugiu. A vítima reconheceu o suspeito pelas imagens e notícias divulgadas pela imprensa”, detalhou a delegada responsável pelo caso, Analu Ferraz.
Todas as cinco vítimas que procuraram a Deam reconheceram o suspeito. José Carlos de Santana Junior ainda não tem defesa constituída.
Os casos das vítimas menores de idade serão encaminhados para investigação na Delegacia Especializada no Atendimento à Crianças e Adolescentes (DEPCA).
Abusos
De acordo com a delegada Elaine Benicasa, José Carlos fingia que estava falando ao celular, abordava as vítimas fazendo menção que estava armado e cometia o crime.
“Duas vítimas denunciaram o maníaco em um período de 15 dias. Ele escolhia a vítima de forma aleatória, não monitorava, não escolhia e não planejava. O ponto inicial da investigação foi estupro na avenida Afonso Pena, onde um homem teria se aproximado falando ao celular, as câmeras nos mostram isso”.
A delegada esclareceu que o autor abordava as vítimas, levava para dentro do veículo, onde praticava os crimes sexuais.
1ª condenação
José Carlos foi preso em 2007 e condenado a 34 anos de prisão, em regime fechado, cumprindo no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), pelo estupro de pelo menos 10 mulheres no Parque das Nações Indígenas.
Durante o cumprimento da pena, o homem concluiu o ensino médio, tornou-se bacharel em processos gerenciais por uma universidade particular e concluiu a pós-graduação em coaching e liderança.
Com a progressão do regime, há dois anos João Carlos foi liberado e, recentemente, voltou a atacar mulheres. A delegada da Deam, Elaine Benicasa, informou que o homem é casado, mora em Campo Grande e foi preso em Terenos.
Polícia Civil prende “maníaco do Parque das Nações Indígenas”, reincidente em crime de estupro, e outros três criminosos em Campo Grande
A Polícia Civil, por intermédio da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), realizou, nesta segunda (2) e terça-feira (3), a Operação “INCUBUS”. No total, 04 mandados de prisão foram cumpridos, sendo que, dois por crimes sexuais e dois por violência doméstica.
Um dos principais mandados de prisão cumprido foi o do famoso “Maníaco do Parque das Nações Indígenas” preso em 2007 por abusar sexualmente de mais de 10 mulheres, mas que recentemente, após dois anos em liberdade, voltou a atacar outras mulheres na região central da Capital.
Após minuciosa investigação do Setor de Investigações de Crimes Sexuais e Feminicídio (SEFEM) da DEAM, o suspeito dos recentes estupros foi identificado e preso na última segunda-feira, (02), em cumprimento de mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário. Os demais foram presos hoje.
A operação foi nominada como “Incubus” em referência às lendas e tradições de um demônio na forma masculina que procura mulheres adormecidas para ter com elas relações sexuais.