Com a queda precoce no torneio continental, a Seleção voltará a campo apenas em setembro, contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo
Uma boa campanha seria capaz de trazer tranquilidade a Dorival Júnior neste início de trabalho à frente do Brasil. Seria. Na noite deste sábado (6), a Seleção Brasileira perdeu para o Uruguai nos pênaltis, por 4 a 2, em Las Vegas, e deu adeus ao sonho do título da Copa América.
Forçado a mudar a escalação por conta da suspensão de Vinicius Júnior, o técnico Dorival Júnior optou pela entrada de Endrick, com Rodrygo posicionado mais à esquerda do setor ofensivo. Guilherme Arana também foi novidade. No lado rival, Marcelo Bielsa manteve a formação responsável pelos 100% de aproveitamento na fase de grupos, com Rochet, do Inter, no gol, De La Cruz, do Flamengo, no meio-campo, e destaque para Darwin Núñez, do Liverpool, no comando de ataque.
A Celeste de Bielsa é diferente. Gosta de manter a posse de bola e marcar alto. Assim, tentou se impor desde os minutos iniciais, especialmente com lançamentos para Darwin Núñez. Com os brasileiros acuados, os uruguaios insistiram na bola aérea, sem efetividade.
Na primeira meia hora, o lance mais perigoso foi brasileiro. Aos 27, Viña recuou mal. A bola sobrou para Endrick que, em vez de chutar, decidiu escorar para Raphinha. O atacante gaúcho, no entanto, chegou depois de Nández e não conseguiu a finalização. Minutos depois, Ronald Araújo, com dores musculares, deu lugar ao experiente Giménez.
Mesmo com o baque, o Uruguai foi ao ataque e teve uma grande oportunidade. Aos 34, o cruzamento da direita encontrou Núñez livre, entre Danilo e Militão. Por sorte, o cabeceio foi para fora. Na sequência, veio a resposta. Alisson chutou. Lucas Paquetá desviou de forma despretensiosa. Sobrou para Raphinha, que avançou em velocidade e bateu forte. Rochet, bem posicionado, salvou.
Finalmente, a partida parecia tomar ares de eliminatória. Era ilusão. O forte calor do oeste americano parece ter feito com que as duas equipes se preocupassem em guardar o fôlego para o segundo tempo. Certo mesmo é que os primeiros 45 minutos ficaram aquém de um clássico com tanta história.
Uruguai de Valverde (foto) venceu o Brasil nos pênaltis.
Ethan Miller / Getty Images via AFP