A Polícia Penal de Mato Grosso do Sul deu início à quarta fase da Operação Mute, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A operação tem como objetivo principal identificar e confiscar dispositivos de comunicação ilícitos, como celulares, dentro das unidades prisionais, para combater a comunicação entre membros de facções criminosas e, assim, reduzir a violência em todo o país.
Nesta nova fase da operação, que ocorrerá até sexta-feira (26), uma das medidas de destaque é a implementação de telamento nos pavilhões das unidades prisionais, para impedir o lançamento de celulares e drogas, prática comum que burla a segurança das prisões.
A operação, no estado de Mato Grosso do Sul, está sendo conduzida pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). As atividades começaram no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, em Campo Grande, com as equipes de inspeção realizando revistas detalhadas nas celas desde as 8h da manhã.
Os operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (COPE) atuaram na retirada dos internos e contenção durante o processo de inspeção, garantindo a segurança das operações conduzidas pelos policiais penais.
Rodrigo Rossi Maiorchini, diretor-presidente da Agepen, destacou a importância da operação: “Nosso objetivo é eliminar completamente as comunicações ilícitas dentro das unidades prisionais. A Agepen tem realizado inspeções constantes, implementando tecnologias para reforçar a segurança, e a Operação Mute vem somar nesse propósito.”
A Operação Mute, nomeada em referência à palavra inglesa “mute” (mudo), reflete a intenção de silenciar as comunicações externas dos internos. Os resultados das apreensões e inspeções serão divulgados pela Senappen ao fim da operação na sexta-feira.
