Único deputado estadual a comparecer à tumultuada assembleia geral da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) na última terça-feira (10), João Henrique Catan teceu duras críticas ao presidente do plano de saúde, Ricardo Ayache, durante a sessão desta quarta-feira (11).
“O presidente da Cassems esqueceu o juramento que fez, de proteger e tratar as pessoas com dignidade. Você submeter as pessoas sem luz, sem ar condicionado, tratando como se animais fossem, sem oferecer água, comida, enquanto os eventos luxuosos da Cassems tem tudo e é custeado com recurso do servidor, por questão de medo de ser derrotado, é coisa de quem, na verdade, está acostumado a ditar regras”, disse.
“Ele estava acostumado a 300 ou 400 pessoas nas assembleias. Mas, ontem, foi surpreendido por mais de 3 mil pessoas corajosas, e muitos foram barrados na porta porque já se sabia que aquela quantidade que ali estava entrando era pra protestar, votar contra os desmandos que estão acontecendo dentro da Cassems”, continuou.
Durante Assembleia Geral Extraordinária, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, milhares de trabalhadores protestaram contra o possível aumento da taxa de R$ 35 por cada beneficiário, que já está em vigor.
A assembleia, marcada para às 14h, começou com duas horas de atraso. O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, até tentou, mas não conseguiu abrir o colegiado por conta dos protestos e gritos no recinto.
Às 16h, ele finalmente iniciou a assembleia, mas ainda sob fortes protestos. Os servidores se queixaram da apresentação da ‘conjuntura atual dos planos de saúde’, feita pelo presidente, e queriam votar logo as propostas em pauta. Com a confusão, nenhum aumento foi votado.
“A indignação dos servidores foi evidente. Em uníssono, disseram NÃO às propostas da Cassems, que, por meio de manobras e estratégias, tentou forçar a aprovação de uma reforma estatutária prejudicial. Estamos ao lado dos servidores e não vamos recuar. Lutaremos até que a verdade prevaleça e a Cassems volte a ser digna de quem a sustenta: o servidor. Chega de descaso e falta de transparência! Seguiremos cobrando, fiscalizando e exigindo respeito”, finalizou Catan