Um avião teve que realizar um pouso forçado em uma propriedade rural de Quyquyhó, no Departamento de Paraguarí, após ter sido sequestrado em Canindeyú. Dois brasileiros seriam os autores do crime, e ambos fugiram.
O avião Cessna, da empresa Air Mercosur, decolou por volta das 8h de sábado do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, transportando um cofre até a fazenda Ibel, localizada na região de Nueva Esperanza, Departamento de Canindeyú.
No entanto, ao chegar ao local, a aeronave foi sequestrada.
De acordo com as primeiras informações, o piloto Edgar Rodrigo Noceda Figueredo e o copiloto José Pérez foram interceptados por dois brasileiros, que chegaram ao local em um automóvel, onde havia mais duas pessoas.
Os desconhecidos, que estavam armados, obrigaram Noceda Figueredo e Pérez a decolar novamente com destino à Bolívia, sem fornecer maiores explicações, conforme informou a emissora Telefuturo.
O piloto alertou que o avião não tinha combustível suficiente para a viagem e foi forçado a realizar um pouso de emergência na propriedade Isla Porã, pertencente a Ricardo Cameroni Cendra, localizada em Quyquyhó, Departamento de Paraguarí.
Durante as buscas na região, a polícia encontrou uma espingarda enquanto procurava pelos supostos autores do crime.
Os sequestradores fugiram para uma área de mata e o paradeiro de ambos é desconhecido.
As vítimas relataram que um dos criminosos portava um inibidor de sinal.
“Descemos, o comandante se aproximou do veículo que achamos que era de pessoas que deveriam nos esperar, mas então desceram homens armados e o intimidaram. Depois nos ameaçaram, nos obrigaram a embarcar e decolar”, contou Pérez.
A polícia montou uma operação para capturar os supostos criminosos. Os investigadores suspeitam que eles ainda estejam na região.
O promotor Óscar Fernández está investigando o caso e ordenou a detenção da tripulação da aeronave. Ele mencionou que há contradições nos depoimentos de ambos.
“Estamos vendo inconsistências nas declarações dos pilotos”, afirmou.
