Dia de Campo mostra potencial da pitaya para agricultores do Assentamento Itamarati

O cultivo da pitaya, também conhecida como fruta do dragão, foi tema de um Dia de Campo realizado no assentamento Itamarati, em Ponta Porã. A iniciativa foi conduzida pelo técnico da Agraer, engenheiro agrônomo Edson Mondadori, que reuniu agricultores familiares e estudantes.

Durante sua explanação, o técnico Edson Mondadori apresentou as principais recomendações para o sucesso do cultivo. “A pitaya exige cuidados específicos, mas oferece grande potencial de mercado. Trabalhamos desde a escolha do local, implantação dos tutores, irrigação, até o manejo de pragas, adubação e polinização manual. O agricultor que investir nessa cultura tem grandes chances de retorno econômico”.

O evento aconteceu no lote da família de agricultores Sílvio Ortiz e Maria Aparecida Ortiz, onde está em andamento um projeto de cultivo de um hectare, já implantado com 500 pés da fruta em 250 tutores – a estrutura vertical, como poste de madeira ou concreto que dá base para a planta desenvolver que servem de suporte físico para a planta, que é uma cactácea trepadeira.

“Aceitamos o convite porque acreditamos que o conhecimento precisa ser compartilhado. Quando um técnico vem, junto com outros produtores e até estudantes, todo mundo aprende junto. Esse tipo de evento fortalece a comunidade, mostra novas possibilidades de produção e dá mais segurança para quem está começando no cultivo da pitaya”, afirmou Sílvio Ortiz.Diversificação no campo

A pitaya vem se consolidando como alternativa de diversificação produtiva e geração de renda para os agricultores. Na região, já existem produtores que atuam em escala comercial, enquanto outros estão em fase inicial.

O produtor José Isaías, que cultiva a fruta há três anos, compartilhou sua experiência durante o encontro. “A pitaya mudou a forma como eu vejo a agricultura familiar. Hoje tenho 200 tutores, com 400 pés da fruta e já consegui tirar um bom faturamento. Além de ser uma fruta bonita e de fácil aceitação, ela abre novas portas no mercado”.

De acordo com Isaías, o preço de venda da pitaya no comércio local e em Ponta Porã tem variado entre R$ 13,00 e R$ 18,00 por quilo, o que garante boa rentabilidade para o pequeno produtor.

Pitaya geneticamente superiores

A pesquisa também tem avançado na cultura. A Embrapa já estuda a pitaya há cerca de 20 anos e lançou variedades autopolinizantes, adaptadas ao gosto do consumidor brasileiro, como: BRS Lua do Cerrado; BRS Luz do Cerrado; BRS Granada do Cerrado; BRS Minipitaya do Cerrado e BRS Âmbar do Cerrado.

Resistentes a doenças, as novas cultivares apresentaram bom desempenho nos pomares, mesmo sem a aplicação de químicos. Essa característica as torna aptas para o cultivo orgânico, além de gerar menor impacto ambiental e financeiro na produção. Os frutos são bem doces, de polpa firme e as plantas apresentam manejo simples, boa produtividade e baixo custo de produção.

Por: Agraer Fotos: Edson Mondadori, Agraer na Itamarati

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