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Em horário eleitoral, Lula aposta em esperança para reconstruir e Bolsonaro promete manter Auxílio

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Os candidatos à Presidência da República tiveram neste sábado, 27, suas primeiras inserções no horário eleitoral gratuito no rádio. O programa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evocou as conquistas e projetos de seu tempo na Presidência e apresentou o candidato como “o melhor presidente do Brasil”. O mandatário atual, Jair Bolsonaro (PL), focou no combate à pandemia e prometeu que o Auxílio Brasil de R$ 600 deve continuar no ano que vem.

Quem abriu o horário obrigatório de propaganda eleitoral foi a senadora Soraya Thronicke (União). A candidata, que ainda não despontou nas pesquisas, aproveitou seu tempo para apresentar um pouco de sua trajetória e se mostrar como uma opção à polarização entre Lula e Bolsonaro, para “unir o País no único caminho que nos interressa: o caminho da prosperidade”. “Não dá mais para voltar aos erros do passado nem errar de novo”, disse ela.

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O cientista político Felipe D’Avila (Novo) falou na sequência e também atacou a polarização. Com pouco tempo de programa, disse que não dá mais para “ouvir promessas de quem transformou o país nesse caos” e reforçou, “chega desse país dividido e de escolher o menos pior”.

O ex-presidente Lula, por sua vez, aproveitou que sua coligação lhe garantiu o maior tempo diário dentre todos os candidatos e apresentou um programa repleto de jingles, falas de apresentadores, comentários de populares e discursos do próprio candidato. O programa começou com um aceno aos eleitores religiosos, mencionando Deus tanto na música de abertura quanto na primeira fala de Lula, “peço a Deus que ilumine nossa nação e ajude a reconstruir o Brasil”.

Na sequência, o ex-presidente falou da situação econômica atual do País, mencionando temas como fome e inflação e atacando Bolsonaro, sem mencionar seu nome. “Como pode um país tão rico retroceder tanto? Como pode um governante não se preocupar com a vida da gente?”, questionou. O programa, então, seguiu louvando as conquistas de Lula quando foi presidente, apresentando-o como a “esperança” para reconstruir o País. Lula também prometeu que se for eleito o povo vai voltar a “andar de avião” e comer churrasco.

Para concluir, ainda houve destaque e espaço de fala para o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB). “Mesmo que a gente não pense igual em tudo, neste momento algo muito mais importante nos une, o desejo de reconstruir o Brasil”, afirmou o ex-governador de São Paulo.

O programa da senadora Simone Tebet (MDB) funcionou como uma entrevista. Apresentadores contaram sua trajetória e fizeram perguntas para a candidata, que apostou na própria experiência como parlamentar e destacou o fato de ser uma mulher concorrendo ao cargo. Ela ainda mencionou sua vice, a senadora Mara Gabrilli (PSDB), “outra grande mulher”. Por fim, Tebet também se mostrou como oposição à polarização, afirmando que “nós estamos prontas para fazer diferente”, e concluiu com seu jingle “Eles não e ela sim”, que faz referência velada à disputa entre Lula e Bolsonaro.

O horário de Bolsonaro não teve falas do candidato gravadas especificamente para o momento. Dois apresentadores tomaram as rédeas do programa, falando do trabalho e do caráter do presidente e repetindo os princípios que Bolsonaro menciona tradicionalmente em suas manifestações: Deus, pátria, família e liberdade.

As únicas falas do próprio presidente foram recortes de discursos proferidos nos últimos meses, dando destaque a dois pontos: o combate à pandemia e a criação do Auxílio Brasil de R$ 600.

Chamou a atenção, contudo, o fato de um dos locutores escolhidos para o programa de Bolsonaro ter sotaque nordestino, como um aceno à região que dá apoio majoritário a Lula nas pesquisas de intenção de voto.

Ciro Gomes (PDT) completou o horário eleitoral no rádio nesta manhã de sábado. Com pouco tempo, seu programa contou com um apresentador que elencou propostas do ex-ministro. O foco ficou para promessas de renda mínima de R$ 1.000 para os mais pobres, proibição de cobrança de juros abusivos pelos bancos, a iniciativa de limpar o nome de todo mundo do SPC e Serasa e o objetivo de colocar a educação pública do Brasil entre as 10 melhores do mundo. O programa ainda convidou a acompanhar o candidato em outros canais e mencionou a candidata a vice, Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador.

Roberto Jefferson, presidenciável pelo PTB, havia sido sorteado para ocupar o primeiro espaço do horário eleitoral. No entanto, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido não enviou a mídia para a transmissão.

Programação

Entre todos os candidatos à Presidência, o ex-presidente Lula tem o maior tempo diário de propaganda eleitoral gratuita, por ter a maior coligação. Serão 3 minutos e 39 segundos de fala, com 287 inserções. Em seguida, está Bolsonaro (PL), com 2 minutos e 38 segundos e 207 inserções.

Confira a ordem que estava prevista para o primeiro dia do horário eleitoral e o tempo de cada partido/coligação:

Roberto Jefferson – PTB (14) – 25 segundos / 33 inserções

Soraya Thronicke – União Brasil (44) – 2 minutos e 10 segundos / 170 inserções

Felipe D’Avila – Partido Novo (30) – 22 segundos / 30 inserções

Luiz Inácio Lula da Silva – Coligação Brasil da Esperança (13) – PT, PC do B, PV, PSOL/Rede, Solidariedade, PSB, AGIR, Avante e Pros – 3 minutos e 39 segundos / 287 inserções

Simone Tebet – Coligação Brasil para Todos (15) – MDB e Federação PSDB-Cidadania e Podemos – 2 minutos e 20 segundos / 185 inserções

Jair Bolsonaro – Coligação Pelo Bem do Brasil (22) – PL, PP e Republicanos – 2 minutos e 38 segundos / 207 inserções

Ciro Gomes – PDT (12) – 52 segundos / 68 inserções

No caso da propaganda pelo rádio, serão exibidas as falas dos presidenciáveis sempre às terças, quintas e sábados, de 7h às 7h12 e, depois, de 12h às 12h12. Já na televisão, o horário é de 13h às 13h12 e 20h30 às 20h42. Nesses mesmos dias, serão exibidos os programas de candidatos a deputado federal, logo em seguida. O horário gratuito terá 50 minutos em rede, divididos em dois blocos de 25 cada.

IstoÉ Dinheiro

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