A mudança de modalidade também trouxe uma nova realidade. Além dos desafios técnicos, Pedro explicou que a rotina de um jovem atleta envolve obstáculos fora da quadra. “Os principais desafios sempre foram o custo para ser jogador, viagens, materiais”, disse. Mesmo diante dessas limitações, seguiu treinando e acumulando experiências, algumas delas marcantes. Em 2022, viveu o que descreve como o momento mais importante de sua trajetória até agora: a final do Campeonato Estadual Sub-13. “O PPSE sagrou-se campeão nos pênaltis contra o Náutico de Campo Grande, com minha defesa na última cobrança”, afirmou. Para ele, a conquista teve um peso especial, representando um título histórico. “O título inédito finalmente veio para a Princesinha dos Ervais.”

Os treinos da posição exigem constância. Pedro explicou que as sessões específicas para goleiros são caracterizadas por velocidade e repetição. “Os treinos são muito intensos e muito rápidos. Requerem agilidade, reflexo e coordenação, mas repetição leva à perfeição. Treinar duro e seguir firme.” Ele também observa que o papel do goleiro no futsal mudou. “Hoje em dia, um goleiro tem de saber jogar com os pés além de ser ótimo debaixo das traves, então sempre busco melhorar ambas.”

Apesar da responsabilidade natural do cargo, ele afirma que o peso da posição já não se transforma em pressão. “Hoje não sinto mais como pressão e sim como responsabilidade de defender o gol e ajudar meu time.” Essa maneira de encarar o jogo também aparece quando fala do futuro. Pedro mantém as metas e considera que o trabalho determinará os resultados. “Seguir melhorando, buscando novas oportunidades, e, se Deus permitir, irei longe no futsal, e um dia dividir quadra com grandes ídolos da modalidade.”

O jovem também avalia o cenário do futsal sul-mato-grossense e destaca sua relevância. “O futsal do MS oferece grandes passos na escada do mundo do futsal, oferecendo vaga para campeonatos muito grandes e disputados, com visibilidade de todos os estados do Brasil.” A perspectiva de quem vivencia os torneios reforça a percepção de que há caminhos possíveis para quem se dedica à modalidade.

Além da rotina comum de um atleta, Pedro enfrentou um episódio que interrompeu sua trajetória por alguns meses. Durante os Jogos da Juventude (Jojums), começou a sentir dores que considerava passageiras, mas que se agravaram. “Infelizmente perdi o campeonato por uma ‘dorzinha’ que se tornou 15 dias no hospital.” A situação foi diagnosticada em Campo Grande, cidade onde acontecia a competição. “Descobriram que era apendicite e tive que passar 15 dias no hospital, com complicações e momentos difíceis.” Ele destaca que o retorno à quadra só foi possível após meses da cirurgia. “Hoje em dia aproveito cada partida como se fosse a última”, afirmou.Superação nas quadras: goleiro de Ponta Porã volta ao futsal após cirurgia

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