O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou, nesta segunda-feira (4), Rolando Alexandre de Souza como o novo diretor-geral da Polícia Federal, de acordo com publicação do Diário Oficial da União (DOU), divulgada há pouco. A decisão foi oficializada na esteira da suspensão da posse de Alexandre Ramagem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o ex-ministro Sérgio Moro acusar o presidente de tentar interferir politicamente na corporação.
Rolando era secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e sucede Mauricio Valeixo, cuja exoneração resultou no desligamento de Moro. O ex-líder da Operação Lava Jato pediu demissão do Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na corporação que investiga o seu filho – o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) – por envolvimento em esquema de disseminação de notícias falsas.
Após a indicação de Ramagem por Bolsonaro, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes atendeu a um pedido do PDT, que entrou com um mandado de segurança alegando “abuso de poder por desvio de finalidade” com a nomeação do delegado para a PF. Rolando de Souza é, no entanto, considerado “braço direito” de Alexandre Ramagem.
O decreto publicado hoje pelo DOU, que oficializa a nomeação de Rolando, foi assinado por Bolsonaro e pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que substituiu Moro. A escolha é vista como solução alternativa enquanto Bolsonaro tenta reverter a decisão que impediu Ramagem. Depois da suspensão, ele voltou à direção-geral da Abin.
MIdiamax