Associação Comercial alerta que atualização cadastral é armadilha

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Com base em informações fornecidas pela Coordenadoria de Proteção ao Consumidor (Procon) e por órgãos e segurança pública, a Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP) alerta a população e sobretudo os comerciantes e Ponta Porã sobre a ocorrência de golpes de listas telefônicas online na cidade. Conforme o Procon, o golpe acontece por ligação, onde a suposta empresa de telefonia entra em contato para uma atualização cadastral, para a lista telefônica.Após a atualização dos dados, a empresa envia um contrato, que segundo ela, será sem custos, mas são utilizadas as chamadas letras miúdas, que violam o artigo 54, §3° do Código do Consumidor.

Meses depois, a empresa retorna a ligação cobrando boletos de mensalidades que variam de R$ 300, 00 a R$ 500,00 com juros e ameaças de negativação do CPF ou CNPJ.A ACEPP sugere à população caso receba alguma ligação relacionada a essas falsas listas telefônicas online, desconsidere e ligue imediatamente para o Procon ou para a Polícia Civil. Lembrando que existem empresas identificadas que prestam o serviço de forma correta, não se aplicando a elas essa recomendação.

Um empresário que preferiu não se identificar caiu em um golpe semelhante. A Ativa Publicações Ltda entrou em contato com sua empresa, solicitando uma atualização cadastral e uma funcionária passou os dados solicitados. Dois meses depois, chegou um boleto para pagamento do serviço. “Do jeito que fizeram comigo, devem fazer com 10 a 20 pessoas por dia”, acusa a vítima.

O empresário disse ter sido ameaçado ao entrar em contato com a Ativa para reclamar que não havia solicitado o serviço. “Eles falaram que iam protestar na Justiça”, relatou. A fraude para ele está no suposto formulário que seria para confirmar dados. “O que dá para entender é que a atualização é um contrato”, disse. Outra vítima do mesmo golpe também recebeu uma ligação para confirmar informações pedidas por outra empresa, a BrasilListas. “Eu confirmei os dados. Depois, ofereceram um anúncio na lista telefônica, num total de R$ 180 já com todas as parcelas. Eu fiquei interessado, mas não aceitei”, relatou. Dois dias depois, os golpistas voltaram a ligar. Desta vez, ele aceitou o anúncio. “Eles eram bem convincentes. Aí, me mandaram um fax para assinar e colocar carimbo da minha empresa e devolver”, explica. “Meses depois, apareceu na minha conta de telefone um valor de R$ 180. Eu não entendi. Achei que tivesse vindo errado e que já tivesse descontado o valor total (do anúncio)”, afirma. Após receber diversas as cobranças, a vítima ligou para a anunciante. “Disseram que eu tinha aceito um contrato de 12 parcelas de R$ 180, o que daria quase R$ 2 mil pelo anúncio”, afirma.

Depois pediu à empresa de telefonia fixa o cancelamento da fatura, mas afirmaram que a cobrança era de terceiros. Ele reclamou também na internet, em um site de serviços. “Eles queriam que eu retirasse a reclamação, pois entenderam como ameaça, mas eu não retirei”. Meses depois, um advogado da empresa procurou o reclamante, dizendo que ele seria ressarcido. O empresário levou quatro meses até conseguir cancelar o contrato totalmente.

Assessoria*

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