“Pressão é natural”, diz Bolsonaro sobre sabatina de Mendonça

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 3ª feira (24.ago.2021) que é “natural” haver uma pressão no processo de indicação de André Mendonça ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo ele, os senadores também querem indicar um nome para a Corte. Apesar disso, Bolsonaro disse esperar que “brevemente” a maioria dos senadores aprove a indicação.

É natural as pressões porque os senadores querem indicar nomes também, só que essa prerrogativa eu não abro mão. Acredito que a maioria dos senadores brevemente venha a aprovar o nome do André Mendonça lá no Senado e ele possa ocupar uma cadeira, que está vaga no momento, lá no Supremo  Tribunal Federal para o bem de todo o Brasil”, declarou em entrevista à Rádio Farol, de Maceió (Alagoas).

Em reação ao pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), suspendeu a sabatina de indicação de Mendonça. A indicação do ex-advogado geral da União foi oficializada em 13 de julho, há mais de um mês.

Depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), encaminhou em 18 de agosto a indicação de Mendonça para a CJJ, a realização da sabatina passou a estar unicamente nas mãos de Alcolumbre. O senador optou, no entanto, por passar à frente a sabatina de recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, que ocorre nesta 3ª feira.

Na 2ª feira, Bolsonaro afirmou que no processo de sabatina Mendonça passa por um “julgamento muito mais político do que técnico” e que isso é um “problema comum no Senado”. O presidente também disse ontem que espera a realização da sabatina “nos próximos dias”. Segundo ele, “sempre tem uma oposição” de senadores, independentemente de quem fizer a indicação.

Nesta manhã, o presidente repetiu ter pedido a Mendonça que inicie as sessões da Corte com uma oração, uma vez que seja aprovado pelos senadores. “Onde Deus entra muita coisa boa entra junto também”, disse. Bolsonaro também voltou a dizer que ex-ministro da Justiça e da AGU (Advocacia Geral da União) tem uma “bagagem cultural enorme”.

Poder 360*

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