Um homem foi detido na cidade de Goya, em Corrientes, na Argentina, após oferecer a uma mulher um produto “em teste” que deveria servir para desodorizar o ar do banheiro mas que, na verdade, continha uma câmera escondida, por onde o suspeito espionava sua cliente no banho.
O aromatizador em spray, segundo o suposto vendedor, continha uma tecnologia “em desenvolvimento”, que incluiria um sensor de movimento que acionaria o spray do aromatizador. Por esse motivo, o suspeito teria explicado à mulher que o teste deveria “ser feito no banheiro”.
Em uma conversa de WhatsApp interceptada pela polícia local, o homem disse que o aromatizador estaria “em fase de teste”, antes de entrar no mercado. A polícia afirmou que o aparelho aparentava ser bastante precário à primeira vista, mas que o homem teria insistido tanto com a vítima para que ela adquirisse uma unidade que ela acabou convencida.
“Esses testes servem para que as pessoas nos digam o número de vezes que (o aparelho) foi ativado usando o banheiro normalmente e assim, poder calibrá-lo. Para que chegue a um ponto de disparo exato do vaporizador”, enfatizou o homem na conversa de WhatsApp.
Ele ainda detalhou como a cliente deveria usá-lo. “Eu entrego o equipamento a você um pouco antes de você me dizer que vai tomar banho e vou retirá-lo quando você me avisar que acabou. Lá você me conta como funcionou e o que achou do perfume e da funcionalidade”.
Embora tudo estivesse muito estranho, até aquele momento, a jovem não suspeitava de nada, segundo os investigadores. Depois de muita insistência, a vítima finalmente concordou em experimentar o “aromatizador”. No entanto, ao usar o aparelho, ela encontrou uma surpresa dentro do produto.
Ao terminar o banho, ela notou algo estranho no equipamento “em fase de teste”. Ao checar mais de perto, notou que havia uma câmera escondida dentro do equipamento. Assustada, a mulher procurou a polícia da cidade de Goya e registrou um boletim de ocorrência.
O jornalista local Juan Carlos Velásquez, que soube do caso e chegou a entrevistar a vítima, que não quis se identificar, informou que a câmera dentro do aparelho pertenceria a um drone e funcionaria com uma bateria recarregável.
arApós a denúncia feita pela mulher, os policiais foram até a casa do homem e o prenderam em flagrante. Os investigadores acreditam que pode haver outras mulheres vítimas do “golpe do aromatizador” e o caso segue sendo apurado.
UOL*
