“Ruídos subaquáticos” são captados durante busca por submarino

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19/06/2023 - Foto do submarino da empresa OceanGate, que faz expedições até os destroços do navio Titanic e anunciou que o submarino utilizado para levar turístas até o local onde estão os restos do navio, desapareceu no Oceano Atlântico. Foto: Oceangate
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Ruídos subaquáticos” Titan, que desapareceu quando transportava cinco pessoas até aos destroços do Titanic. Horas mais tarde, as autoridades norte-americanas anunciaram que a investigação em água desencadeada por esses sons tinha “produzido resultados negativos”.

Logo após os sons terem sido detectados pelo avião militar P-3, os esforços de busca foram reorientados.

Os socorristas têm corrido contra o relógio porque, mesmo nas melhores circunstâncias, o navio Titan pode ficar sem oxigênio na quinta-feira (22) de manhã.

Para além de um conjunto internacional de navios e aviões, um robô subaquático começou a fazer buscas nas imediações do Titanic e há um esforço para enviar equipamento de salvamento para o local, no caso de o submarino ser encontrado.

Resultados negativos

Ontem (20) foram detectados sons de batidas de 30 em 30 minutos. O retorno acústico foi registado por dispositivos de sonar adicionais, debaixo de água, no Atlântico Norte.

“O retorno acústico foi ouvido e ajudará na vetorização de ativos de superfície e também indicando esperança contínua de sobreviventes”, explica um memorando interno do governo dos EUA, sobre a busca.

As autoridades enfatizaram a importância do equipamento de sonar para captar sons subaquáticos durante a procura pelo submarino, “que pode estar no fundo do oceano”, dizem.

O capitão reformado Bobbie Scholley, ex-mergulhador da Marinha dos EUA, já havia dito à CNN, na segunda-feira (19), da importância do uso de boias-sonar para capar sinais do Titan.

“O submersível emitirá sons com os sistemas a bordo e a tripulação, esperançosamente, também estará fazendo barulho”, observou. “Essas boias de sonar são muito boas e podem detectar esses ruídos”, acrescentou.

Três aviões de transporte C-17 das Forças Armadas norte-americanas foram utilizados para transportar submersíveis comerciais e equipamento de apoio. Os militares canadenses disponibilizaram, por sua vez, um avião de patrulha e dois navios, tendo ainda lançado boias de sonar.

Entretanto, já nesta quarta-feira (21), a Guarda Costeira dos EUA informou que a investigação sobre os ruídos subaquáticos “produziu resultados negativos”.

Oxigênio

O submersível foi desenhado para ter uma reserva de oxigênio durante quatro dias, em situação de emergência, segundo David Concannon, conselheiro da OceanGate Expeditions, que supervisionou a missão. Já se passaram três dias desde que a embarcação partiu.

O jornalista da cadeia de televisão norte-americana CBS News David Pogue, que viajou até ao Titanic a bordo do Titan no ano passado, disse que o veículo usa dois sistemas de comunicação: mensagens de texto trocadas com um navio de superfície e pings de segurança que são emitidos a cada 15 minutos, para indicar que o submersível ainda está funcionando.

Ambos os sistemas pararam cerca de uma hora e 45 minutos depois de o Titan ter submergido, no domingo (18), indicou a empresa OceanGate Expeditions, proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do Titanic.

“Isto significa uma de duas coisas: ou eles perderam toda a energia ou o submarino abriu uma brecha no casco e implodiu instantaneamente. Ambas são devastadoras”, disse Pogue.

Robô subaquático

Na terça-feira, a França anunciou que o instituto Ifremer de ciências oceânicas enviou um navio, o Atalante, equipado com um robô subaquático, o Victor 6.000, para procurar o submersível.

O Victor 6.000 deve chegar ao seu destino ainda hoje e mergulhar até uma profundidade de cerca de quatro mil metros para realizar operações de busca.

Os destroços do Titanic – que se afundou após colidir com um icebergue, em 1912 – estão a uma profundidade de cerca de 3,8 mil metros e a uma distância de aproximadamente 640 quilômetros a sul da ilha canadense de Newfoundland.

A comunicação perdeu-se quando a embarcação estava a cerca de 700 quilômetros a sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá.

Agencia Brasil*

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