São Paulo – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta terça-feira (30) que solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar a origem e a possível rede de distribuição do metanol usado na produção de bebidas adulteradas que intoxicaram ao menos dez pessoas no estado de São Paulo.
Desde o início de setembro, três pessoas morreram após ingerirem bebidas contaminadas.
“No momento, as ocorrências estão concentradas no estado de São Paulo, mas tudo indica que há uma distribuição para além do estado. Portanto, sendo uma ocorrência que transcende os limites estaduais, isso atrai a competência da Polícia Federal”, afirmou Lewandowski durante coletiva de imprensa.
Além do inquérito criminal, o ministério também determinou à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) a abertura de um processo administrativo para acompanhar as ocorrências e verificar as medidas cabíveis à luz do Código de Defesa do Consumidor.
“O comércio de produtos adulterados é crime previsto no artigo 272 do Código Penal. A venda e distribuição também constituem infrações de consumo, sujeitas a sanções legais”, destacou o ministro.
Lewandowski disse que as ações do governo são “enérgicas e coordenadas” e têm como objetivo tanto interromper a circulação do produto tóxico quanto proteger a saúde pública. “Estamos atuando em estreita colaboração com o Ministério da Saúde para mitigar os impactos desse problema e evitar novas vítimas”, concluiu.
📊 Situação Atual
Segundo o governo do estado de São Paulo, desde junho deste ano foram confirmados seis casos de intoxicação por metanol, todos associados a bebidas adulteradas.
Atualmente, dez casos permanecem sob investigação, dos quais três resultaram em óbito:
- Um homem de 58 anos, em São Bernardo do Campo;
- Um homem de 54 anos, na capital paulista;
- Uma terceira vítima, de 45 anos, ainda com residência não identificada.
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