O bar Ministrão, localizado na alameda Lorena, nos Jardins, área nobre de São Paulo, foi fechado nessa terça-feira (30/9) em uma operação conjunta da Polícia Civil com a Vigilância Sanitária. As investigações indicam a venda de bebida alcoólica contaminada com metanol, um composto altamente tóxico.
Outros dois bares fechados metanol São Paulo — localizados na Mooca (zona leste) e em São Bernardo do Campo (Grande SP) — também foram interditados, segundo nota divulgada pelo governo de São Paulo. A operação resultou na prisão de dois suspeitos e na apreensão de 50 mil garrafas com suspeita de adulteração, além de 15 milhões de selos fraudados.
O Torres Bar, na Mooca, afirmou estar colaborando integralmente com os órgãos de fiscalização, destacando que todos os produtos são adquiridos de distribuidoras oficiais. “Ao longo de 22 anos, nunca nos deparamos com ocorrências desse tipo”, diz o comunicado. O Villa Jardim, em São Bernardo do Campo, também suspendeu temporariamente as atividades e enfatizou a compra de bebidas lacradas, “embora tenhamos ciência de apenas um relato onde foi alegado o consumo de bebida alcoólica em todo estabelecimento e, subsequentemente, se sentiu mal”.
Cadeia de Distribuição Sob Investigação
A Polícia Civil de São Paulo está agora com o foco voltado para a origem das distribuidoras suspeitas e os fluxos de pagamento. Além dos bares fechados metanol São Paulo, um minimercado no Planalto Paulista (zona sul) foi fiscalizado e teve cerca de 40 garrafas de uísque, gin e vodca levadas para perícia.
Quatro distribuidoras foram identificadas como suspeitas durante as operações dessa terça. As investigações avançam sobre a cadeia de distribuição a partir das vítimas e dos donos de estabelecimentos que já prestaram esclarecimentos. Os riscos da bebida contaminada por metanol são graves para a saúde pública, o que torna esta fiscalização uma prioridade. Para entender mais sobre como o metanol é usado na adulteração de bebidas,
leia nossa reportagem completa sobre riscos à saúde
