Maria Rodrigues da Silva, de 66 anos, é a segunda mulher morta por feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2024. A idosa foi morta pelo ex com golpe de faca na noite da sexta-feira (13), em São Gabriel do Oeste, a 149 quilômetros de Campo Grande.
Conforme a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 20h30. O homem de 69 anos golpeou Maria na região torácica. Ele ainda acertou um dos netos da vítima, que tentou intervir.
O jovem ficou com um corte no rosto após levar uma facada. Equipe da perícia técnica atendeu à ocorrência e o corpo da vítima foi encaminhado para exame necroscópico.
Autor do crime
O ex-convivente da mulher foi procurado pelos policiais, mas acabou se apresentando à Polícia Civil. Ele confessou o crime e alegou que foi agredido pelo neto da vítima.
Aos policiais, ele afirmou que a motivação do crime teria sido uma discussão com o neto da vítima. Ele afirmou que foi agredido pelo rapaz meses antes do crime desta sexta-feira (12);
Contudo, admitiu que discutiu com a vítima devido a um veículo, que estava no local do crime. Segundo o delegado plantonista, Gabriel Cardoso, os policiais civis seguem em busca pela faca utilizada no crime.
O caso foi registrado como feminicídio e em flagrante na Delegacia de São Gabriel do Oeste. “A questão do golpe no rosto do neto ainda vamos verificar se realmente foi de faca e confrontar as testemunhas com a versão do investigado”, explicou Cardoso.
Segundo em menos de 15 dias
Em menos de 15 dias, Mato Grosso do Sul já registrou dois casos de feminicídio. O ano começou com a trágica notícia da morte de Luciene Braga Morale, de 50 anos.
A mulher foi assassinada com sinais de espancamento em Sidrolândia. O marido, de 45, é suspeito de cometer o crime a 70 quilômetros de Campo Grande.
O primeiro feminicídio do ano foi registrado em 3 de janeiro, quando a mulher teria dado entrada no hospital da cidade já sem vida no início da manhã.
Dados do Sigo Estatística apontam que em 2023, MS registrou dois casos de feminicídio durante todo o mês de janeiro. Com dois casos já nas primeiras semanas, o Estado pode iniciar o 2024 com maior índice de crimes de ódio contra mulheres.
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Fonte: Midiamax