Líder religioso é preso suspeito de estuprar mulheres durante sessões terapêuticas em Socorro (SP)

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A Polícia Civil de Socorro (SP) prendeu, nesta segunda-feira (15), um líder religioso de 49 anos sob a acusação de estuprar mulheres durante sessões terapêuticas que envolviam massagem, quiropraxia e hipnose. O suspeito, que também atuava como técnico de raio-X na Santa Casa de Misericórdia, foi detido após investigações que apontaram para a possibilidade de ele ter dopado as vítimas.

As autoridades informaram que o homem teria cometido os crimes em um terreiro, em seu consultório particular, e no hospital onde trabalhava. Entre as vítimas, há relatos de uma menor de idade. Até a última sexta-feira (12), seis mulheres haviam prestado depoimento, e outras três devem ser ouvidas nos próximos dias. A suspeita é de que o suspeito tenha feito dezenas de vítimas desde, pelo menos, 2017.

O advogado Ricardo Rafael Pires de Oliveira, que representa o investigado, emitiu uma nota afirmando que não irá se manifestar sobre o caso devido ao sigilo de justiça, mas promete demonstrar a “improcedência acusatória” em momento oportuno. Além disso, ele afirmou que recorrerá da prisão.

Como as vítimas eram atraídas?

Segundo as informações da polícia, o homem contava com a ajuda de uma suposta mãe de santo para atrair as vítimas. Essa mulher indicava os serviços terapêuticos do suspeito, explorando a fragilidade das pessoas que buscavam suporte espiritual no centro religioso. A polícia não forneceu detalhes sobre a prisão da mulher até o momento.

O suspeito utilizava o espaço religioso para ganhar a confiança especialmente de mulheres. Após isso, apresentava-se como uma pessoa com “poderes superiores” capaz de curar dores físicas e emocionais, oferecendo terapias de regressão, quiropraxia, ozonioterapia, hipnose e massagens, cada sessão custando em torno de R$ 150.

Ele dopava as vítimas?

Conforme os relatos das pacientes, o homem oferecia um copo d’água antes das sessões, alegando que “a água é uma condutora elétrica essencial para a terapia”. Muitas vítimas afirmaram que, durante os abusos, ficaram sonolentas, sem força, incapazes de reagir.

A investigação não descarta a possibilidade de a água conter algum tipo de substância e destaca que o suspeito também fazia uso de técnicas de hipnose. As mulheres eram induzidas a tirar a roupa sob argumentos religiosos e medicinais, tendo seus corpos cobertos por uma quantidade excessiva de óleo.

O caso permanece em investigação, e as autoridades solicitam que possíveis vítimas ou testemunhas entrem em contato para colaborar com o esclarecimento dos fatos.

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