Brasília — A recente tensão política entre os partidos PP e União Brasil e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou novos capítulos. Apesar da determinação das legendas, anunciada em agosto, de que seus filiados deveriam deixar a Esplanada dos Ministérios para migrar à oposição federal, dois ministros decidiram permanecer no governo.
Entre os alvos da ordem estavam André Fufuca (PP), ministro do Esporte, e Celso Sabino (União Brasil), ministro do Turismo, ambos deputados federais licenciados. A decisão do partido, que visava fortalecer a oposição, foi desafiada diante do recrudescimento da popularidade do governo Lula, da falta de unidade na oposição e das ambições eleitorais dos próprios ministros.
Fufuca declara apoio à reeleição de Lula
Durante a cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, no Maranhão, ao lado do presidente Lula, André Fufuca anunciou publicamente seu apoio à reeleição do petista.
“Minha alma, meu coração e minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Lula a ser [reeleito] presidente”, afirmou Fufuca, que é cotado para disputar o Senado pelo Maranhão com o respaldo do presidente.
Sabino também desobedece e permanece
Mais cedo, Celso Sabino também confirmou que não deixará o cargo de ministro do Turismo.
“Tenho a confiança do presidente Lula e o apoio de boa parte da bancada [do União]. Estamos trabalhando com diálogo, buscando entendimento com a direção do partido. Acredito que o partido tomou decisões equivocadas e açodadas, mas há tempo ainda para buscar o diálogo”, declarou Sabino.
Contexto político e impacto eleitoral
A decisão dos dois ministros marca uma ruptura com as diretrizes de seus partidos, que buscavam fortalecer a oposição ao governo Lula. Analistas avaliam que a movimentação pode alterar os cenários eleitorais de 2026, especialmente no Maranhão e no Pará, estados estratégicos para o governo e para as legendas.
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